surpresas
- mar

- 9 de fev.
- 2 min de leitura
Sempre acreditamos estar preparados para encontrar alguém do passado. Criamos vários cenários, as vezes ensaiamos reações. A falta de contato atual com os mesmos nos impede de saber quando e onde estarão, ou até mesmo apenas ter uma noção de possíveis locais de esbarros.
E de repente passamos lado-a-lado e então um de nós dá um sorriso desajeitado, o outro mantém o olhar fixo a frente por medo do que pode acontecer, medo de corresponder o olhar e aquele amontoado de sentimentos ignorados, começar a gritar desesperadamente por explicações, por um beijo, um abraço. Ainda que o ultimo! Porque aí teríamos um ponto final. Certamente é isso que anseio, dar um fim relações confusas. Substituir o ponto de continuação por o ponto final.
Gostaria mesmo de resolver pendências quase amorosas, jamais me ousarei a remover o "quase" quando o assunto for meu campo romântico. Até porquê sempre que o assunto sou "eu" é difícil ter certeza.
Nossas rotinas parecem se alinhar e não posso deixar de pensar que o universo nos reservou uma segunda chance. Então volto a procurar por seus tweets, de volta a esperar uma mensagem carregada de respostas para minhas perguntas confusas, volto a te querer.
Mas é só devido ao nosso esbarro noite passada, nada disso é verdade, né?! A verdade é que não tenho certeza, não tenho certeza do absoluto nada! De tudo que senti ali, parece até que não te conheço.
Olhar de volta poderia revelar sentimentos enjaulados, contudo desviar pode ter demonstrado fraqueza. Mas será mesmo que isso é importante?! Será que a minha falta de correspondência afetou em algo? Uma vez que a escolha de perder o interesse partiu de você, poderia afirmar que fui a única afetada. Todavia quem é você? Existe? Eu te inventei?
Pra mim agora tanto faz.









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